Reciclar é preciso !

7 / 11 / 2008 Catadores de materiais recicláveis reivindicam política pública para o setor


Promover a mobilização dos catadores fluminenses e iniciar as discussões sobre o fechamento e erradicação dos lixões são alguns objetivos do 1º Congresso Estadual do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, que termina amanhã (16).

Segundo informou hoje (sexta-feira) à Agência Brasil o líder do movimento no estado, Sebastião Carlos dos Santos, a idéia é disseminar a coleta seletiva não apenas como um projeto de inclusão social, mas como uma política pública de geração de trabalho e renda e de preservação ambiental. “As pessoas falam muito de meio ambiente, mas se esquecem que meio ambiente e coleta seletiva caminham juntos. E, principalmente, que existe um protagonista nessa história, que é o catador de materiais recicláveis”.

É preciso, frisou Sebastião dos Santos, que a coleta seletiva seja encarada pelas autoridades municipais como uma política pública, a exemplo do que acontece com relação à saúde e à educação. “Até porque coleta seletiva sem catador não é coleta. É lixo. A gente quer também mostrar que essa categoria está trabalhando há vários anos de forma precária, sofrendo vários estigmas como ladrão, marginal, mendigo, catador de lixo”.

Santos destacou que a profissão de catador já começa atualmente a ser vista de maneira diferente, “até pela própria inclusão e pelas questões ambientais”. Ao final do congresso, será elaborado um documento que será encaminhado aos prefeitos eleitos e re-eleitos do estado do Rio, cujos catadores estão participando do evento. “Os municípios têm que começar a pensar em um modo diferente de tratar o seu lixo. Porque lixo são coisas que não prestam. E a gente trabalha com materiais recicláveis”.

O congresso tem como tema central “Lixo e Cidadania: Um grande Desafio para o Mundo Globalizado”. Cerca de 250 catadores, representando 60 cooperativas fluminenses e de outros estados, participaram hoje do evento, que é promovido pelo MNCR em parceria com o Instituto Brasileiro de Inovações em Saúde Social (Ibiss).

(Fonte: Alana Gandra / Agência Brasil)

Comentários

Anônimo disse…
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